quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pontos fora da curva

Hoje aconteceu uma coisa engraçada no trabalho. Alguém veio me perguntar se eu achava que a Dilma ia ganhar no 1º turno. Assim, do nada. E eu respondi que provavelmente sim, mas que existem dois fatores cujos impactos as pesquisas não tinham condições de avaliar, cada um pendendo para um lado. Um é o fato da herança no número 13 que é muito forte como o número do Lula, mesmo entre quem ainda não sacou que a candidata é ela. Outra era a exigência de dois documentos para votar, uma novidade pouco divulgada. Daí alguém comentou com um tom meio alegrinho que “o povo ignorante que vota na Dilma e ganha bolsa família” não sabe disso. Mas todo mundo meio que mimimi e perguntaram o que eu achava. E eu disse que era suspeita porque não só ia votar nela, como já comprei minha passagem pra assistir à posse em Brasília. Ficaram com aquela cara de tacho de: “jura?”. Juro, respondi. Sou petista de pai e mãe. E alguém perguntou se eu gostava do PT ou dela e eu respondi que gosto de ambos. Silêncio. Todo mundo voltou a trabalhar, assunto encerrado.
No trabalho do marido é sabido que só ele e uma colega são eleitores do PT. E um dia um cara veio com discurso de que falam tanto que o país melhorou, mais ele ainda tem que pagar escola particular pros filhos. Marido explicou que, oi, o responsável pela escolas de Ensino Médio é o governo estadual, do partido que está há quase duas décadas no comando de São Paulo, justamente o partido do Serra que era, ele mesmo, governador até anteontem. E como marido não deixa barato, falou pro colega se informar melhor pra não passar vergonha na próxima – e de repente, quem sabe, votar no Mercadante dessa vez, se o que ele quer é mudança.

Esses casos são exemplo de uma coisa que é muito clara pra mim: as classes média e média alta paulistanas não estão acostumadas a alteridade. Não que o ser humano assim, no geral, não seja resistente à diferença. Mas é que o nível de renda e de escolaridade mais alto aqui não contribuem para visão mais ampla do mundo. Acham realmente que sua vida é o padrão, a norma, que o resto é ponto fora da curva. Daí o discurso só varia na hora de falar de futebol mesmo (e um dos colegas ainda brincou: “você é corintiana E petista?”). E a eleição do Lula, ao meu ver, trouxe mesmo esse ranço de que nós (porque se eu não compactuo com discurso, também não nego minha posição social) não somos maioria. Que há no país milhões de pessoas que não têm nossas referências, nossas prioridades, e têm direito à cidadania. E esta minoria então estranha muito quando encontra, eventualmente, alguém que não recebe Bolsa Família, fala línguas estrangeiras, frequenta restaurantes e usa perfume importado, trabalha duro, paga Imposto de Renda mas não faz coro com o discurso de lula-analfabeto-ignorante-petralha-vagabundo-etc-etc.

Em 2002 eu trabalhava naquela empresa super elitista e escrotinha. E foi o ano da eleição do Lula, então, toda uma experiência observar estes colegas. Tinha um cara que era reconhecidamente super alienado, até para os padrões de lá. Contavam que uma vez o levaram pra visitar varejo na periferia, parte de um trabalho de pesquisa de mercado, e ele ficou chocado. Em dado momento perguntou, se referindo à pobreza do bairro visitado: “nossa, mas o que é essa miséria toda?”. E alguém respondeu: “ué, isso é São Paulo, mané! achava que acabava em Moema?”. Pois então, esse cara tinha certeza de que o Lula ia “transformar o Brasil em Cuba”. Repito, em 2002, não em 89. E tinha um papo hilário do povo que não entendia como o Lula tinha aquele percentual de intenções de votos, se eles “não conheciam ninguém que ia votar nele”. Uma colega, engenheira, chegou a dizer que fizeram uma pesquisa no prédio dela e ninguém lá ia votar no cara. Alguém sabe me dizer se no curso de engenharia estuda-se alguma coisa de estatística? Porque no de Letras não, mas eu sei que um condomínio fechado em São Paulo, de um edifício com 3 vagas de garagem e nome provavelmente em inglês NÃO é um microcosmo representativo do país. Logo fica difícil fazer alguma projeção numérica confiável com essa amostragem tão pouco diversa, né?

Essa minha aversão à mentalidade tacanha à minha volta me trouxe um presente dos melhores: meu marido. Digamos que nosso primeiro encontro não foi exatamente um sucesso, e o moço não deixou uma impressão das melhores. Mas, em algum momento, ele fez um comentário elogioso à gestão da Marta Suplicy na prefeitura e pediu desculpas por tocar no assunto se isso de alguma forma me ofendia, mas o fato é que ele era “um mocinho de esquerda” (desse jeito, olha que fofo?). E eu sorri e respondi que, tudo bem, eu também era uma mocinha de esquerda. E, ao fazer o saldo daquela noite meio desastrada, pensando se eu dava uma chance ou não pra aquela história continuar, este comentário pesou, porque é meio difícil encontrar gente de esquerda nos ambientes que eu frequento, ainda mais depois de ter terminado a faculdade. Enfim, liguei pra ele, dei mais uma chance a nós dois, e ganhei, além de um marido, o meu interlocutor mais querido. Brincamos que, se um dia oficializarmos a união, vamos ter que chamar a Marta pra madrinha...

16 comentários:

  1. Hoje eu tive que ler no Orkut de um amigo paulistano (e, olha, eu realmente percebo que é deselegante da minha parte fazer um comentário negativo sobre paulistanos cada vez que venho aqui...) que escreveu: "O povo do Lula é formado por consumidores e não por cidadãos". E ai eu tive que dizer né? O óbvio. (porque ele veio com aquela conversa de mensalão e quebra de sigilo fiscal). Que só 8 milhões de brasileiros sabem o que pe sigilo fiscal porque essa é a quantidade de gente que paga imposto de renda. E que as classes mais abastadas desse país precisam parar de achar que os problemas delas são os problemas de todo mundo. Que o pobre (surprise, suprise, a esmagadora maioria da população brasileira) tem outras prioridades.

    Me lembro demais de quando teve o tal do "caos aéreo", que a imprensa toda falou nisso por semanas, parecendo até que andar de avião é o calo no sapato da população brasileira.

    Mas ai, pra finalizar a profícua discussão que eu relatava arriba, o paulistano amigo me envia o seguinte link: http://economia.estadao.com.br/noticias/not_35317.htm

    E ai o que né? Só posso rir. Porque o problema todo pra ele se resume nisso. Falta mão de obra Nordestina em São Paulo, de onde entende-se que o governo Lula é um mal para o país.

    Olha, eu juro que às vezes acho que alguém vive numa realidade paralela. Só não descobri ainda se sou eu ou "eles".

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  2. Ai, que fofis. Eu também ando relembrando meu início com meu Odisseus, mas de forma menos politizada, :-)

    Bom, do lado de cá também tenho andado cheia de orgulho de certos comentários feitos pelo meu "mocinho de esquerda". Outro dia uma colega xingava a Dilma, aquela terrorista issso, aquela terrorista aquilo. Aí ele calmamente mencionou que na ditadura a pessoa tinha, em linhas bem gerais, duas opções: ia pra luta ou sentava e assistia ao JN como se nada estivesse acontecendo. E que se hoje ela é livre para dizer as bobagens que lhe dão na telha, é por causa dos que foram à luta, como a Dilma, e não por causa dos que ficaram com o bumbum no sofá. Né, como diria você, um fofo? Eu acho.

    Bj!
    Rita

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  3. Ai que fofo, Iara! Você e a Rita hoje, coincidentemente, andaram relembrando mesmo como tudo começou entre vocês e seus maridos. Fofos por sinal, viu?! Mas olha, eu queria aproveitar o ensejo pra perguntar a você se essa história de Dilma ser de fato uma terrorista é verdade, porque hoje um amigo meu me colocou contra a parede quando eu disse que votarei nela (Dilma). Eu sou a pessoa menos politizada por aqui, sabe?! E eu queria mudar essa minha realidade... =\ Então, ajude-me, flor! UAHUSAHUSHAUHS Ele disse que também votaria nela, mas descobriu um monte de fraudes e isso, e aquilo... E como eu não "sei de nada", fiquei calada, né?!=\ Não posso falar daquilo que ainda não sei... =/

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  4. Nossa Iara, eu me assusto com a quantidade de pessoas à minha volta que são contra a Dilma. Eh ai que a gente se da conta que é a elite da elite no pais, né? Pq se 85% dos brasileiros apoiam o Lula, tenho a impressão de que conheço cada um dos 15%, tamanha é a oposição na roda de conhecidos. Outro dia vieram me dizer "justo vc, amanda, uma pessoa viajada, interessada, que estuda, vai votar naquela terrorista". O que responder pra uma pessoa dessas? Bom, deixa que a gente responde em duas semanas.

    Agora, não acredito em relacionamentos amorosos de longo prazo entre esquerda e direita. E se o marido fosse de direita, como ia ser? Ou um ia se converter, ou não ia dar mt certo. Pq a orientação politica de uma pessoa diz muito sobre ela, pra mim seria impossivel viver com alguem que não pensa nos outros como iguais.

    Beijo!!

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  5. Ai, que post do bom

    Amanda, vc tem toda razao: um de direita e outro de esquerda nao vao longe. lembro me da epoca da reeleicao do Lula, eu tinha um certo namorado, e às refeicoes, sua alienada familia só se ocupava de criticar o Lula. Dai, a avó, de esquerda, disse: "eu voto no Lula, pq ele é bom para os Pobres".
    O pai retrucou: e quem é rico aqui? Nós nao temos aviao nem helicoptero.
    Mas tinham renda de 20.000 reais por mes, mais casa de praia no nordeste e casa de inverno no sul. Enquanto as empregadas domestica ganhavam um ganhavam um pouquinho mais do que o minimo e eles se vangloriavam se sua "generosidade" deliberadamente ignorando q elas moravam na favela. A gente como essa interessa manter o PT longe do poder.

    Bjo

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  6. Amanda moro no Paraná e o que vc escreveu é exatamente o que eu vejo no meu trabalho e no curso que estou fazendo. A maioria formada por engenheiros, que no governo FHC estavam em sua maioria desempregados e agora recusam trabalho e estão sendo disputados pelas empresas! É tão impressionante que eles não percebam o quanto a vida deles mudou nestes 8 anos, que as vezes eu acho que a escolaridade faz "emburrecer" as pessoas. Eu, assim como vc, sou considerada uma extraterrestre, porque voto na Dilma e sou PT desde criancinha...heheh, aliás pela primeira vez vou votar em outro candidato para presidente que não é o Lula. Mas no "meu meio" sou exceção.

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  7. 6 comentários e o post não completou nem 24 horas? Ai, tô tão feliz. =D

    Vamos lá:

    Dani,

    Kkkkkkk!Pode vir aqui a vontade criticar paulistano porque eu não me ofendo, até faço coro! Falando sério, não quero parecer "a iluminada", longe disso. Tá cheio de gente aqui que pensa como eu, até porque essa é uma terra bem populada, né? E amei, amei, amei ao cubo o link. Bem Estadão, bem paulistano reacinha. Quer dizer, nordestino é bom quando é mão de obra barata, né? E como eu fico feliz de saber que, por causa do bolsa família, o trabalho das pessoas tem que ser mais bem remunerado. Cara, como as pessoas não perceberam ainda que isso é mola propulsora da esconomia? Também me sinto num mundo a parte às vezes.

    Rita,

    Seu post lá foi toda uma coisa linda. E como você consegue fazer isso tão bem, sem ser nada piegas! Vontade de sentar numa mesa com você e os nossos moços fofos de esquerda e ficar batendo papo até taaaarde.

    Glória,

    Güenta aí que vou escrever uma resposta só pra você, porque vai ter que ser elaborada, com links e tal (olha que luxo?).

    Amanda,

    Olha, me irrita horrores justamente este discurso de que só existe uma resposta certa, o Serra, e que todo mundo que estudou deve conhecer o caminho da luz. Porque eu não acho que todo mundo que vai votar no Serra é alienado e ignorante, só acho que estas pessoas tem uma opinião muito diferente da minha sobre o que é o melhor para o país. Divergência de pontos de vista, ué. Só que como a gente virou minoria nos ambientes que frequenta, ainda que seja a maioria no pais, tem que ficar aguentando olhares de desconfiança. E olha, eu até acredito em relacionamentos de pessoas que votam diferente, tudo depende do quanto a política é algo relevante na vida delas. Eu sei, a política tá aí, permeando tudo, mas nem todo mundo enxerga o mundo com essa lente.

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  8. Ana Flávia,

    Obrigada pelo elogio \o/. O Alex Castro, do blog Liberal, Libertário, Libertino, diz em vários posts dele que ninguém se assume rico no Brasil. Todo mundo é classe média. Então, não me espanta alguém que tenha renda de 20 mil reais achar que não é rico. Lógico, entendo que com isso ninguém fica milionário e para de trabalhar aos 40 anos, mas é claro que é uma outra realidade, uma outra escala de problemas mesmo. E a pessoa não percerber isso é realmente irritante. E olha, nem sei realmente se a todo este pessoal interessa manter o PT longe do poder. Porque até o Abílio Diniz já disse que apóia a Dilma. Tem muita gente que ganhando dinheiro com o aumento do consumo. Mas lógico, o impacto nos salários foi grande, a classe média alta realmente se incomoda. Vejo no meu caso: fossem outros tempos, de salário mínimo irrisório, minha renda me permitiria até ter empregada mensalista. Como os custos envolvidos são altos hoje (e tá certíssimo isso), tenho uma faxineira que vai lá em casa a cada 15 dias, que é o limite do que eu posso pagar. Nos outros, eu me viro, e vivo muito em paz com isso.

    Ana,

    O povo da construção civil eu não entendo mesmo não votar no PT. Porque, como eu disse no post anterior, eu estudei edificações nos anos 90. E na época, desolação total no setor, nenhuma perspectiva de trabalhar na área. Claro, o contraponto é que o salário da peãozada aumentou também, e isso ninguém quer pagar, né?

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  9. Eu sou paulistana e confirmo esse elitismo tosco que reina nessas bandas, por isso, acho que aqui em SP, talvez a Dilma não ganhe, uma pena.
    Tenho até vergonha.

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  10. Glória,

    Então, o que você está me pedindo é quase uma explicação histórica, e eu não sei nem se eu sou a pessoa mais indicada, nem se este espaço é suficiente. Mas vou me esforçar.
    Seguinte: a Dilma fez parte de organizações que utilizavam o combate armado como recurso, mas não há nenhum documento oficial que comprove que ela mesma tenha pegado em armas. Sobre estas organizações, o que eu tenho a dizer é que, de fato, algumas tinham por objetivo não só acabar com o regime militar, mas também implantar um regime comunista, o que não parece mesmo muito democrático. E sim, as ações armadas incluíam assaltos a bancos para financiar as operações, que eles chamavam de expropriações por estarem lesando o sistema capitalista. E, quando as coisas davam errado alguém poderia ser mortos, em especial os policiais. Mas não era nem nunca foi o objetivo destes grupos matar civis, nem desfrutar calmamente dessa grana expropriada como criminosos comuns. Havia um ideal político por trás, motivado por ideais com os quais a gente pode ou não concordar, mas não pode negar sua existência. E, claro, alimentados pela violência do estado. Neste ponto, indico um post excelente sobre o assunto: http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=6727.
    Só que, enfim, nenhum destes grupos tomou o poder. Não houve uma revolução. Houve sim muita repressão por parte de um Estado que, por violar os direitos das pessoas, passa a ser criminoso e perde a legitimidade. Porque um Estado que tortura não só supostos criminosos, mas os parentes destes, como foi o aconteceu com a minha família do meu pai, não é outra coisa senão criminoso.
    Então, pra não ficar gigante, a Dilma lutou, 40 anos atrás, contra um estado que não tem nada a ver com o nosso de agora. Mesmo que a gente não concorde com os métodos, seria desonesto intelectualmente condenar sem nenhuma reflexão uma mulher de 60 anos pelo o que ela fez aos 20, num contexto histórico completamente diferente. E acho que muita gente que acha que comunista come criancinha sabe muito bem disso, e por isso vai votar nela. Não porque concorda, apóia, mas porque minimiza. No meu caso, eu tenho é respeito e reverência por este passado.
    Sobre as denúncias, eu não coloco a mão no fogo por ninguém, mas não é isso que vai obrigatoriamente decidir meu voto. Não porque eu minimize a corrupção, mas porque eu não confio mesmo na grande imprensa, sei que ela tende a superdimensionar algumas coisas e minimizar outras, apesar de seu discurso de hipócrita de neutralidade. Então, se você quer ter acesso a um contraponto, sugiro ler o Maria Frô, o Biscoito, o NPTO e mais um monte de sites que tem aí no meu blogroll. Todos eles declaram seu apoio à Dilma, e por isso podem não parecer “neutros”. Mas, olha, eu pessoalmente, acho que não existe imparcialidade em lugar nenhum, nem no discurso histórico, nem na imprensa. Mas é muito mais fácil elaborar nossa crítica quando nosso interlocutor identifica suas posições, por isso as informações dos blogs têm me parecido mais confiáveis mesmo.
    Ufa! Ajudei? Beijo!
    (A quem mais ler: fiquem a vontade pra me corrigir. Sempre, aliás)

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  11. Muito orgulho de ler um post tão bem escrito (um de teus melhores) e comentários tão profícuos com um plus: feito por mulheres! É excelente constatar cada vez mais a parcela feminina da população se posicionando sobre tudo e com tanta propriedade.

    Apenas em relação ao comentário da Ashen Lady: a classe média brasileira que detesta o Lula vive no mesmo mundo paralelo que a nossa grande imprensa. Prova disso é que, depois de quase três semanas de ataques sistemáticos à camapnha da Dilma não abalaram sua liderança e que a última pesquisa do insuspeitíssimo Datafolha coloca Dilma na frente em todas as capitais (exceto Curitiba, onde ela foi ultrapassada pelo Serra, mas pode virar - à parte: embora seja uma belíssima cidade, como tem reaça lá viu!), nos dois gêneros considerados, todas as faixas de renda e escolaridade. Logo, foi pra cucuia o papinho de que só quem recebe Bolsa Família vota no PT. E isso é excelente porque o Brasil está se dando conta de que é muito maior que Higienópolis, Jardins, Morumbi, Leblon e Batel.

    http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/aumenta-vantagem-de-dilma-no-datafolha

    O que me preocupa - e comento muito isso com a Iara - é que percebo que embora a aprovação a Lula (e considero isso aprovação ao PT e ã centro-esquerda) seja gigantesca, o número de direitistas e principalmente de reaças tem diminuido de forma inversamente proporcional à ferocidade e virulência de seu discurso. Some isso ao claro posicionamento partidário da grande mídia - que aparentemente tem cada vez mais seus gritos ecoados na cabeça desse gente descolada da realidade - e temos uma atmosfera muito propícia a uma tentativa de golpe.

    E se tentarem dar o golpe acho que, dessa vez, ninguém segura o povão não. A ver.

    Saudações a todas. À autora, um beijo ;)

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  12. Eu aguento uma pessoa que se auto-intitula "marido"? Posso com isso? E se as pessoas quiserem comentar o seu comentário, vão te chamar de quê, de marido da Iara?

    Gente, eu já contei que não gosto de expôr muito a minha vida por aqui. Além disso, na vida offline, eu chamo o marido de marido mesmo, e não pelo nome, então é natural chama-lo assim aqui também. Mas, ó, ele tem um nome, viu? Um nome lindo, por sinal: Daniel.

    ;-)


    Ashen,

    Ontem a gente tava comentando que, em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, o Serra vai perder de surra. Sabe como é, São Paulo é importante, mas não decide a eleição, felizmente. Então, seguimos otimistas

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  13. Que barato o "marido da Iara" ter aparecido por aqui. UAHSUAHUAHSUHASHS
    Olha, flor, obrigada, viu!? Eu pedi essa ajuda a você por achar que VOCÊ teria sim gabarito pra falar sobre o assunto. E pelo que pude ler, eu só fiz confirmar minhas suspeitas. Sério, ok?! Muito bom mesmo! Se me ajudou? MUITO!
    Eu vou tentar me aprofundar no assunto e fazer um poste sobre pra ver no que vai dar, aliás, pra ver se eu capitei a coisa de fato, sabe?! Tenho sede de politização=\ Claro que o meu poste não ficará tão bom quanto o seu e a ideia do poste é mais a minha opinião do porquê votar na Dilma *e agora tô começando a poder falar sobre graças aos seus esclarecimentos*. Mas só o farei depois de ler também sobre o restante dos candidatos.
    Quando eu me sentir "preparada", eu deixarei aqui o link, porque quero que você leia e dê a sua opinião, viu!? Mais uma vez, obrigadíssima!

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  14. Iara, eu era petista há alguns anos atrás, mas deixei de lado. E não que eu tenha pulado pra direita. Eu apenas cheguei naquele ponto em que não acredito mais. O PT é o melhor partido entre os que estão aí, não há a menor dúvida, mas ao mesmo tempo, eu não acredito que eu deva votar em um partido que é o melhor do país, mas ainda assim me decepciona bastante. Cada dia que passa, desacredito mais e mais na política brasileira e dos partidos. Faço parte do grupo que se decepcionou com Lula. Não porque ele criou bolsa família, tirou pessoas da linha de pobreza e melhorou o nível superior, mas simplesmente porque ele fez alianças com políticos que considero desprezíveis e apoia um candidato ao governo da Bahia que é totalmente incompetente e faz o contrário do propagado pelo governo Lula: deixa as Universidades estaduais em má situação.

    sinceramente, não acho que nenhum político (salvo Cristovam Buarque) vai algum dia querer colocar a educação em níveis elevados, simplesmente porque se isso acontecesse, a maioria deles estaria fora do poder.

    e ah, só um comentário: meu pai era de direita - agora é do tipo que não vê diferença entre os dois lados, desencantou com a política - e minha mãe é de esquerda. 20 anos de casamento até hoje! Hahahaa! Talvez exista salvação para casais de partidos diferentes =P

    Beijos =*

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  15. Glória,

    De nada. Eu é que não tenho nem como agradecer a essa confiança, viu? Mas é muito bom poder dividir nosso ponto de vista com alguém.

    Melina,

    Olha, eu entendo bem que, localmente, o PT tem dado várias mancadas com essas alianças aí. Bem razoável seu incômodo. Então é muito pessoal, mesmo: se você acha que a aliança é uma falta grave a ponto de decidir o seu voto, tá certa em não votar. Com certeza não é uma decisão simples mesmo.
    Ah, e sobre os seus pais, que bom! Sinal que eles se respeitam muito, né? Isso é muito construtivo, pra ambos.

    Bjo! ;-)

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  16. Só vim dizer que o seu marido tem MESMO um nome lindo...hohohohohoho

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