domingo, 21 de novembro de 2010

O post que se fez sozinho

Tô eu aqui na poltroninha nova, enrolado, tomando vinho branco, esperando o jogo do Corinthians começar e pensando que deveria estar estudando.

Daí pensei que o tema é importantíssimo, mas que não tinha nenhuma inspiração para escrever sobre isso (e por isso é difícil seguir proposta de blogagens coletivas, porque inspiração não é negociável):



Mas eu disse que tava de bobeira. Daí fui ver uns vídeos no youtube. E fui ver umas coisas de umas bandas não conhecidas aqui no Brasil, mas que eu conhecia porque dava aulas de espanhol. E achei esse aqui:



E, puxa, achava divertido há uns anos atrás, mas nunca tinha prestado atenção na letra, né? Daí, no final fez-se o meu post. Saca só como termina a música:

"Por eso ahora tendré que obsequiarte
un par de balazos, pa' que te duela.
Y aunque estoy triste por ya no tenerte
voy a estar contigo en tu funeral."

Balazos é bala, gente. Ingrata, você me deixou e eu te mato. Não preciso nem comentar que a violência contra a mulher, o tal amor passional, taí, glamurizado, engraçadinho. Pra ficar mais signficativo, este é um grupo mexicano, e é no México que fica Ciudad Juarez, cidade tristemente célebre por sua violência contra a mulher.

Deveria estar contente porque fiz este post em 10 minutos? Tô não. Tô indignada porque violência contra a mulher é um assunto tão corriqueiro que a gente esbarra com ele até quando não tá procurando.

5 comentários:

  1. É, dureza.

    A prova de que também estava sem inspiração hoje é que simplesmente colei lá o selo e linkei o Pimenta. Mas nada, por hoje. Mas já achei válido, divulgar a coisa e tal. Mas é como você diz, vai faltar assunto não.

    :-(

    Rita

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  2. Conheço pelo menos duas músicas fantásticas que falam contra a violência contra mulher em espanhol. Não sei se você conhece então repasso:

    Bebe - Malo
    Maria se bebe las calles - Pasión Vega

    Tá tudo no Youtube, desculpa a preguiça ;-)

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  3. Iara, essa semana será daquelas pra mim. Pois sei que é importante falar e divulgar e ler e refletir, então participo. Mas me dói, ah, como me dói. Já trabalhei junto a mulheres vítimas de violência e não dá pra esquecer a desesperança naqueles olhos sem perguntas e sem projetos.Poder vir aqui e ler sua indignação já atenua a carga, sabe. Fico contente de ter chegado a este teu cantinho. Você não sabia, mas foi feito pra isto: dar amparo a borboletas de vez em quando. Bjs

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  4. Nem me fala. Eu lembro daquele da mulher apanhando no meio da ria do namorado que inclusive joga ela da moto como se fosse um saco de batatas.

    PS: adorei seu post sobre o 8 de março. :) Casou muito bem com o meu. Pelo menos meus amigos sabem que devem ficar bem longe de mim nesse dia, pois eu mordo (metaforicamente) no 8 de março.

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  5. Pois é Rita,

    Pena não faltar assunto. :\

    Dani,

    Não conhecia, valeu mesmo. Gostei especialmente da primeira, bem rock.

    Ô, Borboleta, que comentário lindo. Esse é um assunto tão triste, sabe? Porque imaginar que o perigo está justo onde deveria ser o refúgio, o lar, e vem daqueles que deveriam amar e ser companheiros. Olha, é muito desamparo.

    Drixz,

    Olha, eu nunca vi nada assim. É um clipe? Olha, cansa. O ritmo é bonitinho e tal. Até o lamento do "Ingrata" eu acho engraçado, pq parece só mais uma música de dor-de-cotovelo. Daí o cara termina dando idéia pra todos o Lindebergs mexicanos: vai lá e dá dois tios na ingrata.

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