quarta-feira, 7 de julho de 2010

Somos todas Elizas

Sumi, né? Meu computador tá uma droga. Fica desligando enquanto eu escrevo. Foi um custo fazer meu trabalho.

Mas eu sou quero dizer uma coisa: Eliza somos todas nós. A gente não pode nunca comprar essa história de que fez isso, aquilo, era maria-chuteira, o que seja. Que qualquer coisa que ela tenha feito possa justificar seu assassinato.

Quem aí briga pra viver sua sexualidade livremente apesar do machismo da sociedade? o/

Quem aí acha que filhos, planejados ou não, não foram feitos só por suas mães, e que portanto têm o direito de terem pai? o/

Viu?

"Dividir para conquistar", a gente tem que estar atenta e lembrar sempre que é disso que se trata. Que o Bruno deu entrevista tentando convencer de que a Eliza não era como as filhas dele. Que não era como a leitora de classe média conservadora. Que sua vida valia menos. Que eu e você não corremos esse risco porque não somos "maria-chuteiras", não fazemos sexo grupal nem filme pornô.

Mas é verdade é que corremos, viu? Eu, você, a Eliza, a Mércia, a Eloá, a Maristela. Porque a gente vive neste mundo, só por isso.

E teve gente no site d'O Globo condenando a intervenção do Lula no Irã, já que uma mulher pode ser apedrejada por ter sido condenada em última instância por crime de adultério. (quer fazer algo pra se manifestar contra? tem aqui o link da petição online). Então tá, a partir de hoje só vamos manter relações diplomáticas com países onde mulheres e homens são tratados como equivalentes na sociedade, beleza?



Oi? Não tem nenhum, né? Pois é, nem a Suécia...

7 comentários:

  1. Oi, vc disse tudo...somos todas Elizas. Talvez na Finlandia a coisa esteja menos horrorosa para o nosso lado...talvez. E o tratamento de la dado as mulheres deveria ser a regar mas e' excessao.

    Estou muito velha para educar esse bando de homem machista?

    Bjs e nao some...

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  2. Oi, Iara. Pois é, nossa sintonia continua. Bom, na verdade, muita gente hoje está escrevendo sobre isso, inevitavelmente. Mas é isso, fica uma tristeza de saber o tanto que a gente tá longe de um mundo justo. E nem tô falando da Justiça formal, não. Estamos muito longe dos olhares justos, antes de tudo.

    Triste, tudo triste.

    Beijos, saudades de seus posts.

    Rita

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  3. Olá, Iara, boa tarde!

    Nunca comentei aqui no seu blog, mas o seu post, ou melhor dizendo, seu raciocínio tão bem colocado merece parabéns!

    Abraço,

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  4. Mari,

    Eu acho que em alguns lugares as mulheres tem uma condição melhor, mas sua posição de inferioridade é a mesma. Talvez exista algum lugar do mundo em que cidadão = cidadã, mas devem ser raros. O que não significa que seja igual, né? Óbvio que eu prefiro a situação brasileira à do Irã - e imagino que a Suécia esteja a frente.

    Rita,

    Os olhares justos são os que mais me fazem falta. Tão triste saber que pessoas com quem a gente convive diariamente, se senta junto pra almoçar, frequenta a nossa casa e talvez eduque os seus filhos e capaz de ser tão intolerante, tão cruel. Mas, enfim, a gente tem que resistir, né? Só assim o mundo muda, e a gente não pode ser tão pessimista a ponto de pensar que nada muda nunca. Muda, e muitas vezes pra melhor.

    Biula,

    Obrigada pela visista, pelo comentário e pelo elogio. Abraço pra você também!

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  5. Não podia deixar de comentar .. Um absurdo! Como alguém pode ser tão cruel?

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  6. esse povo eh hipocrita demais, viu. puta merda. vao falar do ira? no nosso pais a gente apedreja por muito menos, a gente apedreja mulher que vai a faculdade de vestido curto!

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  7. Mariela,

    Eu acho que cruel é o Bruno (se for mesmo o assassino, como parece) e cruel é também quem se apresenta com mil pedras na mão pra falar da Eliza.

    Luci,

    Pois é. O que acontece no Irã é horrível, claro. Mas a desonestidade intelectual das pessoas que acham que lá é que é a terra do desrespeito as mulheres me assusta mesmo.

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